O Sol que eu nunca esqueci...

Era uma manhã ensolarada. Era cedo, bem cedo. O sol penetrava por uma fresta da janela. Eu estava tomando café. E, sozinho, pensava... Ia ser pai. Até aquele momento, eu não tinha nenhuma noção do que seria tudo isso. Sentia medo...
O sol ia iluminando cada vez mais a sala. O silêncio era a melodia. A cidade ia começar a despertar lentamente para mais um dia daquele distante 1983. A temperatura subia. E eu começava a sentir uma grande alegria...
O sol se espalhava pela sala. Parecia descortinar os meus medos... O que me esperava pela frente ? Seria capaz de ser um bom pai ? Não sabia explicar. Só tinha uma certeza: a vida ia se transformar. E eu sentia uma força se criando...
Te imaginava menino... De olhos bem espertos, sorriso descompromissado e, claro, torcedor do Flamengo...
De palavras inteligentes, coração sensível e com todas as chances de conquistar a felicidade...
De caráter, parceiro e muito verdadeiro nas suas opiniões...
De gestos bonitos, suaves e solidários...

Naquela manhã, eu ainda não sabia mas o sol havia se tornado cúmplice dos meus sonhos. E a cada dia três de fevereiro, eu tenho certeza disso. E agradeço.

Feliz aniversário, filho !